Muito se tem discutido,
ultimamente, sobre a qualidade da escola brasileira. As avaliações a que elas
têm sido submetidas, em todos os níveis, deixam claro que ainda temos um
caminho muito longo a percorrer para alcançarmos índices satisfatórios de
rendimento, que nos aproximem dos resultados obtidos por países mais
desenvolvidos.
Desde que a atual LDB entrou em
vigor, em 1996, muito se tem discutido a respeito da gestão democrática das
escolas, da descentralização administrativa dos sistemas de ensino e da
autonomia das instituições.
Após tantos anos de vigência da
Lei, o que verificamos em nossas escolas são avanços muito pequenos em relação
ao exercício da autonomia, predominando formas tradicionais de ver o papel do
professor e dos gestores escolares, apegados a normas e procedimentos ditados
por níveis superiores de autoridade do sistema de ensino.
Conferir à escola maior poder
de decisão, significa dar-lhe possibilidade de realizar os seus projetos, liberando-a
das amarras administrativas que têm sido alvo de críticas e questionamentos. É
preciso ver cada escola no seu contexto, na sua historicidade, na sua inserção
na comunidade a que serve. Isso implica aumento de responsabilidade para os
seus membros, principalmente o diretor. A ele cabe o complexo trabalho de
articulação, tanto internamente, com os professores e funcionários, como com as
lideranças locais, os pais e demais níveis do sistema a fim de obter o apóio
necessário para a execução dos projetos assumidos pela comunidade escolar.
Todas as ações que têm sido
publicadas ultimamente sobre o desempenho das escolas, inclusive pela imprensa
não especializada, deixam claro que as escolas que “dão certo”, ou seja, as que
se diferenciam das demais, não são necessariamente aquelas mais equipadas ou
melhor situadas, mas as que têm melhor gestão, com pessoal menos instável, com
um diretor que exerce uma liderança efetiva, formando uma equipe comprometida
com a escola por meio de uma gestão democrática e participativa.
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